No último dia, 22/08/12, conforme decidido na assembleia anterior, novamente nos reunimos na Praça do Trabalhador para avaliar os resultados das mobilizações anteriores e decidir sobre novos passos a serem trilhados em busca de melhorias salariais, carreira e condições de trabalho, além de realizar o buzinaço pela Av. Goiás culminando em mobilização em frente ao Palácio das Esmeraldas com objetivo de sensibilizar o governador Marconi Perillo.
Nesse ato, computamos a presença de cerca sessenta valorosos militares comprometidos em lutar por essas conquistas. Sem maiores pesquisas podemos estimar que o efetivo ativo da PM e do BM somam aproximadamente quinze mil militares, além de uns sete mil militares inativos, perfazendo por baixo vinte e dois mil militares. Ora meus amigos, entendemos que nossa luta é em prol da categoria, jamais guerra de um, dois, ou meia dúzia.
Todos sabem que congregados e irmanados somos a maior força do Estado que priorizará nosso atendimento, já que a sociedade bem sabe da essencialidade de nossa presença e de nossa importância no combate diuturno aos criminosos. Entretanto, notamos a indiferença ou a pouca adesão dos militares na busca dessas conquistas em clara demonstração de que estão satisfeitos com as políticas adotadas pelo governo.
Importante salientar que o movimento organizado com participação total dos policiais civis rendeu-lhes proposta do governo de promoção imediata para todos os policiais civis, bônus de produtividade entre 5% e 20% e a redução pela metade dos interstícios para promoções, proposta não aceita pelos PCs que exigem garantia de proposta de piso salarial no pacote de negociações, lembramos também que os Delegados já conquistaram carreira jurídica, promoção automática, redução de interstício de quatro para dois anos e bônus de 5% a 20%, bônus alcançados, principalmente, através dos serviços dos Militares.
O objetivo de nossa mobilização é para que o governo estenda esses benefícios, também, para os militares, ou seja, que haja uma promoção automática a todos os militares, redução nos interstícios, bônus e manutenção da paridade existente atualmente entre militares e policiais civis.
Ao contrário nossa mobilização, mais uma vez foi classificada como um grupo minoritário, que não representa a maioria da Corporação. Apesar de termos realizado grandes movimentos e alcançado relevantes conquistas nossa participação atual denota satisfação e aceitação do distanciamento dos policiais civis dos militares, quebrando uma paridade alcançada através de muitas lutas desde 2006.
Estamos muito preocupados com esse desprestígio aos militares, pois, se.se efetivar essa discriminação, dificilmente reconquistaremos as paridades dos Oficiais aos Delegados e das Praças aos Agentes de Polícia, hoje em vigor. As demais associações militares estão inertes e aliadas ao Comando e ao Governo.
O que está ao nosso alcance temos feito, apresentando projetos de promoção automática, aposentadoria aos vinte e cinco anos de serviço, limitação da jornada de trabalho, instituição de horas extras, ingresso anualmente de novos militares, dentre vários outros em tramitação e aprovados.
Contudo, nossa previsão é de que, se não unirmos urgentemente seremos seriamente prejudicados. Por isso a União dos Militares de Goiás - UNIMIL convoca mais uma mobilização no dia 05/09/12, às 15 horas, na Praça do Trabalhador, para decidirmos, definitivamente, sobre as estratégias a adotar, inclusive uma possível paralisação. Caso não haja a participação efetiva dos militares, para evitar maiores desgastes e gastos desnecessários a Unimil considerará cumprida sua missão de representar os militares goianos com relação a essas reivindicações, voltando a convocar quando julgar oportuno ou perante a manifestação de interesse da categoria.
Deputado Major Araújo
Presidente da União dos Militares de Goiás