CARTA RESPOSTA DO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA POLÍCIA E CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE GOIÁS – ASSOF MAJOR JUNIO ALVES ARAÚJO

A partir do último final de semana vem circulando um email com texto apócrifo envolvendo meu nome como Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás. O bom leitor percebe de cara que o documento não é de minha autoria. Primeiro por que meu nome foi grafado de forma errada: o autor acrescentou um “de” antes do nome Araújo. Depois, o texto contém vários erros de grafia e concordância. Erros que procuro não cometer por respeito à norma culta. Não me considero íntimo de nenhum superior, a ponto de chamá-lo de “cumpadi”. Minha relação com todos os militares é de extremo respeito. O autor colocou como tema a expressão: “carta aberta a Sociedade Goiana, Imprensa e Ministério Público”. No entanto, ele não endereçou seu desabafo a nenhuma autoridade, mas serviu-se de ardil covarde e rasteiro ao externar seu rancor e colocar meu nome. Se me conhecesse bem, saberia que faço questão de assinar todos os meus textos.

Na condição de Presidente da ASSOF, assino como representante da entidade. Na condição de cidadão, limito-me a lançar meu nome e assinatura sem fazer menção a nenhum cargo. Meus documentos têm endereço certo. Se resolvo noticiar algum fato, tomo antes o cuidado de anexar um mínimo de prova que possibilite ao órgão responsável pela investigação, ao menos iniciar seu trabalho.

A atitude do autor do malfadado documento me vitimou, assim como vitimou indistintamente a todos os policiais militares, ao afirmar: “policiais despreparados nas ruas, PM matando PM”. Nesse caso, fez alusão ao recente e terrível episódio no qual um Soldado atirou e matou um Sargento, além de ferir gravemente outro Soldado e depois deu fim à própria vida. Nesse ponto o autor do texto apócrifo foi duplamente covarde, ao tratar de forma simplista uma fatalidade.

Eu não sou ingrato. Fui eleito a Deputado Estadual com o empenho pessoal de todos os militares goianos, por isso seria incapaz de decepcioná-los com uma expressão injuriosa desse porte. Mesmo por que não é verdade. Nossos militares, ao contrário do que é afirmado no documento, são preparados. Fazem parte de uma categoria sofrida e que precisa de atenção das autoridades. Não merece ser atacada da forma covarde como foi. Também outras pessoas de valor entre o Oficialato da PM foram covardemente atacadas. Um conselho ao missivista: faça como eu, assine seu texto. Ponha a cara à tapa e suporte as conseqüências ou publique-o de forma anônima se tiver medo. Assim é mais digno do que usar o nome de outra pessoa.

Agradeço a todos os militares do meu querido Estado que me honraram com seus votos e com seu empenho pessoal e familiar. De meu lado, renovo o compromisso de honrá-los até as últimas conseqüências. Tenham uma certeza: os textos por mim produzidos são devidamente assinados e faço questão de defendê-los publicamente. A verdade como primeira e última razão. E lembrem-se: Unidos somos mais fortes.


Goiânia, 14 de outubro de 2010.

JUNIO ALVES ARAÚJO

Presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás -ASSOF



ASSOF apresenta todos os candidados a eleição para o Biênio 2011/2012.









A Eleição da Associação dos Oficiais para o Biênio 2011/2012 conta com 04 chapas:

CHAPA 01 SUPERAÇÃO ASSOF - MAJ PM ALEXANDRE;
CHAPA 02 REPRESENTAÇÃO E VOZ - CAP PM ELIAS;
CHAPA 03 MOTIVAÇÃO SOCIAL PM/BM TEN CEL PM ORIEL;
CHAPA 04 OFICIAIS UNIDOS E FORTES - MAJ PM CARNEIRO;


A votação para escolha do nova diretoria será realizada dia 10/11/2010 (quarta-feira), das 09h00 as 17h00 horas, na sede da ASSOF. Rua 132, n° 300, Setor Sul, Goiânia-GO.

Entrevista: Deputado Estadual eleito Major Araújo ao Blog Dep. Federal Cap Assumção.

Em entrevista ao Blog do Capitão Assumção, o Deputado Estadual eleito Major Araújo (PRB-GO) destaca a importância de uma verdadeira mobilização nacional de policiais e bombeiros para que a categoria eleja seus representantes que disputam cargos públicos.

“Precisamos realizar um trabalho para conscientizar todos os militares do Brasil dessa importância... para fazer um movimento nacional, com encontros nacionais, para que urgentemente possamos – durante quatro anos e não apenas na véspera da eleição - conscientizar os militares dessa importância”, afirmou.

Major Araújo, que se notabilizou na Associação dos Oficiais pela defesa dos policiais militares de Goiás, quer mudar as atuais regras de promoção, transferência e nomeação de funções. “Todas as medidas são políticas, e não técnicas”, critica.

O Major também analisa a PEC 300, proposta aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados. “Esse é o maior projeto para os militares no Brasil. Mesmo sendo eleito deputado estadual, o que os militares me cobram muito é a luta pela PEC 300.”

Veja a entrevista completa

Conte um pouco de sua história na Polícia Militar?

Eu ingressei na Polícia Militar em 1987 como aspirante, servindo o batalhão mais espinhoso de Goiânia, o 1º Batalhão. Depois fui transferido para o interior, Uruaçu, e passei por várias unidades operacionais no interior e capital, sempre em batalhões operacionais. Em 2005, eu resolvi me candidatar à Associação dos Oficiais. Uma associação que era omissa, que nunca entrava na luta de classe e que tinha uma imagem muito ruim. E eu fui com uma proposta de ir até às últimas consequências em busca dos direitos dos oficiais.

Ingressando na associação, eu acabei tendo de encampar a luta não só pelos oficiais, mas pelos praças também. É uma luta árdua e eu acabei liderando essa luta. Fizemos naquele mesmo ano de 2005, com apenas quatro meses na Associação dos Oficiais, uma greve de cinco dias da Polícia Militar. Era a última alternativa que tínhamos para obter salário e dignidade. Isso me rendeu um inquérito naquela época e estou sub judice até hoje por isso, o que me atrapalhou nas minhas promoções.

Mas estou na associação desde 2005, onde já fui reeleito duas vezes. E neste ano mesmo, depois de cinco anos de defasagem salarial, fomos para outra paralisação, dessa vez de um dia. Fizemos comboios de viaturas e entramos com todas as viaturas da capital no batalhão. Então, nós temos nesse período muitas lutas, muitas conquistas. Reconquistamos direitos, conquistamos outros...

Isso nos levou a três candidaturas. Em 2006, para deputado estadual, logrando 7.800 votos. Em 2008, para vereador, alcançando 3.302 votos. E agora, para deputado estadual, logrando êxito na candidatura com 33.092 votos. Quer dizer, foi a votação mais expressiva de todos os militares que se candidataram até hoje. Superamos os caciques da política de Goiás que foram candidatos a deputado estadual, como o atual vice-governador, que teve 27 mil votos. É um resultado para dar respeito aos militares.

Quais são as propostas que o senhor pretende apresentar?

Nossas propostas vão desde apresentar alternativas para a segurança pública, de corrigir as falhas, de representar a segurança pública como um todo. Por exemplo, hoje nós temos a distribuição política dos meios. Todas as medidas são políticas, e não técnicas. Nossos governantes têm caído no erro de sempre escolher um político para ocupar a pasta e isso tem nos trazido muitas dores de cabeça. Nós temos tido sobrecarga e uma série de problemas por isso.

Então, vamos reivindicar os direitos dos militares, assim como reivindicar também mais efetivo, mais meios, que estes sejam os mais adequados. Hoje, as viaturas não são as mais adequadas para estar nas ruas. Quer dizer, nós vamos lutar paralelamente por mais segurança pública e pelos direitos dos militares.

Direitos que nós perdemos, embora tivéssemos na Assembleia Legislativa um deputado nesses últimos quatro anos. Nós perdemos direitos, por incrível que pareça. Nós queremos recuperar esses direitos, conquistas outros e manter os que ainda temos. Temos sofrido atentados para retirar nossos direitos como militares.

Qual a sua avaliação sobre a PEC 300?

Estive na votação da PEC 300. E tive a grata satisfação de estar ao lado do Capitão Assumção, do Major Fábio e do Coronel Paes de Lira. Acho muito importante que a PEC 300 seja aprovada, mas que ela seja aprovada com o texto original. Da forma que ela está hoje, ela não atenderia o anseio dos militares. Nós precisamos de um piso, um piso que seja estabelecido pela Constituição Federal.

Hoje, esse é o grande anseio de todos os militares. Na realidade, a aprovação da PEC 300 é a realização de um sonho dos militares. Esperamos que seja aprovada. Tenho que esse é o maior projeto para os militares no Brasil. Mesmo sendo eleito deputado estadual, o que os militares me cobram muito é a luta pela PEC 300

Qual é a importância de os policiais elegerem seus representantes para cargos públicos?

É de fundamental importância. Todos os seus anseios da categoria se realizarão por meio da política, por meio de representantes nas casas legislativas. Nós precisamos urgentemente fazer um movimento no Brasil, um movimento forte de conscientização dos militares dessa importância. Visto que hoje, lamentavelmente, os nossos militares - e nós vivemos isso aqui em Goiás - são cooptados por políticos de diversos segmentos. Geralmente o do bairro, o povo tende a ser bairrista.

E iludem os nossos militares e cooptam os nossos militares por meio de promessas pessoais, ou de favores pelo Estado. Hoje, aqui em Goiás, estamos vivendo uma realidade que eu acho que é a de todo o Brasil: as promoções são por indicação política, as transferências também se dão assim. Até as indicações para as funções gratificadas...

Essa será uma de nossas lutas. Nós precisamos urgentemente tirar os nossos militares das mãos dos políticos. E isso se fará com a aprovação de normas que venham garantir ao militar ser promovido, ser transferido, ou não ser transferido, ocupar funções; não por indicações políticas, mas sim por um critério técnico. Vamos lutar por isso. Acho que é de fundamental importância.

Por conta de divisões em nossa categoria, sofremos as conseqüências disso no todo. Enquanto está na ativa, o militar pode ter alguma vantagem. Mas ao passar para a reserva, ela leva um salário menor, ele não usufruiu mais desses benefícios.

Precisamos realizar um trabalho para conscientizar todos os militares do Brasil dessa importância. Lamento que o Brasil não tenha elegido nenhum deputado federal policial, e que principalmente os nossos três guerreiros da PEC 300 não tenham sido eleitos. Lamento também o fato de que grande parte dos estados também deixou de eleger deputados estaduais da categoria.

Isso mostra que nós temos de tomar providências urgentes. E que não vai ser por meio do comando da instituição, tem de ser por meio de nós representantes. Eu estou disposto e quero fazer junto com aqueles que estão lutando em seus estados, como o Capitão Assumção, para fazer um movimento nacional, com encontros nacionais, para que urgentemente possamos – durante quatro anos e não apenas na véspera da eleição – conscientizar os militares dessa importância.


Fonte da notícia: http://www.capitaoassumcao.com/