Por
conta de questões formais, o PSDB e sua bancada na Assembleia
Legislativa adiaram para terça-feira a data da representação contra o
deputado estadual Major Araújo (PRP). O parlamentar oposicionista foi
pivô de intenso bate-boca no plenário da Casa durante sessão na semana
passada, que acabou encerrada por conta de confusão que envolveu até
mesmo o arremesso de um dos tablets utilizados pelos parlamentares para o
acompanhamento de projetos de lei.
Após ser formalizado, o pedido será o primeiro a ser
protocolado após a criação do Conselho de Ética da Assembleia, em maio
deste ano. Em cerca de cinco meses de funcionamento, nenhum parlamentar
ou partido questionou até agora a conduta de colegas. Nesse período,
houve, por exemplo, denúncias relacionadas à existência de funcionários
fantasmas na Casa.
O episódio que fundamenta o pedido que será protocolado
pelos tucanos se iniciou quando Araújo foi à tribuna para falar do
projeto de lei do governo estadual que aumentou alíquotas de ICMS, IPVA e
do Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD). Ele
denunciou que o projeto não estava disponível no tablet utilizado pelos
deputados para acompanhar pautas e projetos em tramitação.
Araújo apontou também que a matéria não teria passado
pela Comissão Mista. Presidente da Mista, Talles Barreto reagiu negando a
acusação e depois disso a discussão ficou acalorada.
Durante a briga, Araújo chegou a jogar o seu tablet em
direção a Barreto, sem, todavia, acertá-lo. Também foram ditas frases
como “sou homem” e “vamos resolver lá fora”. Antes que os dois fossem
aos tapas, foram separados por seguranças.
Conforme apurado pela reportagem, a representação será
protocolada pelo líder do PSDB, Gustavo Sebba, ao lado do presidente
estadual da sigla, Afrêni Gonçalvez, mas tem sido articulada diretamente
pelo líder do Governo, José Vitti, integrante do mesmo partido.
Vitti afirma que a proposta de levar Major Araújo ao
Conselho de Ética conta com apoio de outros partidos da base, mas a
escolha pelo protocolo de forma isolada pelo PSDB encontra sua
explicação nas regras do conselho. A Assembleia definiu que o relator do
processo não pode ser do mesmo partido responsável pela representação.
O Conselho de Ética da Assembleia é composto por ampla
maioria governista. Além de Humberto Aidar (PT), que é presidente,
apenas Bruno Peixoto (PMDB) é de oposição. Álvaro Guimarães (PR), Lucas
Calil (PSL), Francisco Jr (PSD), Júlio da Retífica (PSDB) e Valcenôr
Braz (PTB) também integram o conselho.
O senhor é muito arrogante deputado, de uma falta de respeito no plenário de dar vergonha aos cidadãos. Parabéns às pessoas que abriram esta ação contra o senhor. Esperamos que mude deputado.
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