PROJETO DA PM NÃO ENTRA EM PAUTA. Com plenário lotado, deputados discutem emendas à proposta que altera o quadro de pessoal e as carreiras da Polícia Militar

Rafhael Borges 12 de dezembro de 2012 (quarta-feira)
Diomício Gomes
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Deputado Major Araújo defende valorização dos praças e cobra melhoria dos salários
 
O projeto de lei que apresenta mudanças no efetivo e na escala de promoções dentro da Polícia Militar de Goiás não entrou, novamente, na pauta de discussões na Assembleia Legislativa, na reunião de ontem. No começo da sessão, alguns deputados ocuparam a tribuna para declarar apoio às emendas ao texto enviado pela governadoria, mas não houve tempo suficiente para que a matéria fosse apresentada.

Com a alteração, o quadro de pessoal da PM pode saltar de 17 mil para mais de 30 mil militares. Mas algumas proporções não foram observadas, o que causou descontentamento. Os deputados Major Araújo (PRB) e Evandro Magal (PP), apresentaram objeções quanto ao número de novos coronéis, que deveria ser de 50, e não de 35, conforme consta na alteração. Segundo eles, o principal objetivo é criar proporcionalidade entre o número de vagas e os postos a serem ocupados.

Outro ponto que os deputados defendem é que os policiais militares tenham o mesmo tratamento oferecido aos policiais civis quando são discutidas suas carreiras. “A procuradoria da Assembleia tem entendimento diferente sobre matérias semelhantes, e isso eu não entendo”, contestou Araújo. Evandro Magal defende que a polícia em Goiás é uma só, e não pode ser tratada de maneira desigual.

O deputado se refere à diferença entre as promoções de oficiais e praças. Os primeiros podem chegar ao posto máximo da corporação, que é o de coronel. Já no quadro de praças a patente mais elevada é a de major. Com a emenda apresentada pelos deputados, os praças alcançariam o posto de tenente-coronel (segundo maior na hierarquia). Para não haver disputa interna, a categoria disputaria cinco novas vagas, criadas especialmente para ela.

“Dentro da corporação há quem conteste essa promoção, por chamarem os praças de ‘oficiais de calça-curta’. Por isso, o comando não aceita e está articulando contra nossa sugestão”, afirmou Major Araújo. O comandante-geral da PM, coronel Edson Costa Araújo, esteve na Assembleia e se reuniu com o presidente da casa, Jardel Sebba e vários deputados. Ele não falou sobre os projetos, disse apenas que é a favor do fortalecimento da corporação.

Para o deputado Major Araújo os praças, maioria da PM goiana, deveriam ser tratados com mais dignidade. Segundo ele, alguns militares são soldados (segunda graduação) há mais de 20 anos, sendo que já poderiam ter sido promovidos a cabos. Com a ascensão na carreira, o salário de cerca de seis mil pessoas teria acréscimo de pouco mais de R$ 200. “Para os cofres públicos é pouco coisa, mas para quem espera por isso há tanto tempo significa muito”.

O plenário da casa permaneceu lotado durante toda a sessão. Muitos militares pediam que fosse incluído em pauta outro projeto de lei, que trata da promoção dos policiais que atuaram durante o acidente com o césio 137, 25 anos atrás, e que, até hoje, esperam pelo avanço na carreira. O texto ainda não foi protocolado e os parlamentares esperam a finalização do mesmo na governadoria.

Um comentário:

  1. meu marido e um dos melhores policiais aqui de morrinhos, e já faz muito tempo que que ele esta na policia militar, e eu não vejo nem um reconhecimento de seu trabalho. e olha que ele e o numero (01) de seu batalhão.
    esposa insatisfeita

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